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HEROES - SEGUNDA TEMPORADA
Direção:
Vários
Elenco: Masi Oka, Adrian Pasdar,
Noah Gray-Cabey, Hayden Panettiere, Milo Ventimiglia, Sendhil
Ramamurthy, Santiago Cabrera, Leonard Roberts, Greg Grunberg,
Ali Larter, Zachary Quinto
Distribuidora: Universal
Duração: 475 min.
Região: 1, 4
Lançamento: 17/09/2008
Nº de discos: 4
Cotações:
Filme
 
DVD
   
Comentários de
Jorge Saldanha
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SINOPSE
Se na
primeira temporada de HEROES o objetivo foi unir um grupo de pessoas
comuns que, aos poucos, descobriam habilidades extraordinárias e tinham
a missão de impedir a explosão de Peter Petrelli, a segunda teve o
desafio de entrelaçar o caminho destes personagens, revelar o ponto
fraco dos seus poderes, apresentar um novo vilão e, sobretudo, deixar
bem claro que eles não são os únicos heróis da história.
COMENTÁRIOS
Na
indústria do entretenimento, a série de TV HEROES é um daqueles casos em
que, de início, milhares de espectadores são conquistados por um
conceito inovador (aparentemente, pelo menos) e excitante, para
posteriormente ser execrado pela maioria de ex-fãs que se sentiram
logrados. No cinema lembro-me de um caso muito parecido, o da trilogia
MATRIX, cujo
primeiro filme foi incensado por hackers e geeks de todo o
mundo como a oitava maravilha do mundo, e os dois seguintes considerados
a escória da Sétima Arte. Esse fenômeno radical é gestado principalmente
na internet, em incontáveis fóruns e listas de discussões, onde opiniões
pró e contra, via de regra exageradas, acabam decidindo o destino de
tais produções. Em HEROES a coisa começou a desandar após o
anticlimático final da primeira temporada, e só piorou no decorrer da
segunda, muito prejudicada pela greve de roteiristas de 2007.
Particularmente, acho que, colocada a série em sua devida perspectiva –
uma espécie de versão soap opera dos X-Men da Marvel – ela
segue desencanada e divertida, com boas doses de drama mas deixando a
desejar no quesito ação. Mas a meu ver o maior problema são alguns
personagens totalmente dispensáveis que, aparentemente, não possuem
qualquer utilidade para a trama, e novamente um final de temporada mal
desenvolvido.
Este segundo volume, “Gerações”, acompanha a trajetória dos heróis após
o confronto em Nova Iorque que resultou na explosão nos céus de Peter (Milo
Ventimiglia) e Nathan Petrelli (Adrian Pasdar). Hiro Nakamura (Masi Oka)
ativa o seu poder durante a batalha contra Sylar (Zachary Quinto) e vai
parar no Japão feudal do século XVII, onde encontra o fracassado samurai
inglês (!) Takezo Kensei (David Anders), a quem ajuda a desenvolver
habilidades de guerreiro e posteriormente tornar-se-á o vilão imortal
Adam Monroe. Noah Bennet (Jack Coleman) foge com sua família a fim de
proteger Claire (Hayden Panettiere) da Companhia (formada pela primeira
geração de heróis, cujos membros sobreviventes estão sendo assassinados
um a um), mas logo seu caminho cruzará com Bob Bishop (Stephen
Tobolowsky), antigo fundador da Companhia e responsável pelas pesquisas
com o vírus Shanti.
Peter Petrelli é encontrado desmemoriado dentro de um container, na
Irlanda, e luta para recuperar a antiga forma. Nathan abandona a
família, desiste da carreira política, e vai procurar respostas sobre o
seu poder e sobre os heróis. Matt Parkman (Greg Grunberg) tem uma
batalha dura pela frente. Descobre que seu pai, além de pertencer à
Companhia, é dono de um poder surpreendente, capaz de aprisioná-lo
dentro de seus próprios pesadelos. Mohinder (Sendhil Ramamurthy), que
divide a guarda da garota Molly (Adair Tishler) com Matt, se vê num
dilema. O geneticista se alia a Noah e aceita trabalhar para a
Companhia, mas acaba acreditando que as intenções de Bob não são ruins.
Depois do confronto da primeira temporada, Sylar perde os poderes e fica
completamente indefeso. Só que, ao encontrar os mutantes fugitivos Maya
(Dania Ramirez) e Alejandro (Shalim Ortiz), vê uma esperança de
reavê-los.
Todos esses acontecimentos estão dispostos nos episódios seguindo um
roteiro bastante entrecortado, cheio de flashbacks. O final deste
volume fecha a narrativa proposta, e novamente leva ao volume seguinte,
que se chama “Vilões”. Mesmo com apenas 11 capítulos e a greve de
roteiristas, esta segunda temporada de HEROES conseguiu condensar a
trama de forma satisfatória, lançando novas luzes sobre o mistério que
cerca a origem dos heróis. Porém, mais uma vez, um final decepcionante
ajudou a diminuir o impacto do que foi visto anteriormente – felizmente,
nada que chegue nem perto da ruindade hilário-trash da novela OS
MUTANTES, da Record.
DVD
A
apresentação do box da segunda temporada de HEROES segue o padrão
mais caprichado usado pela Universal na
temporada anterior:
no lugar de estojos scanavo ou amaray slim, os quatro DVDs
vêm encaixados numa embalagem digistack, envolta numa luva de
cartolina - e além dos discos, o box inclui um mini-gibi.
Novamente, os episódios são apresentados em belas transferências
widescreen anamórficas na proporção original 1.78:1, com cores vivas
e estáveis (cada locação tem sua paleta de cores própria), pretos
sólidos e granulação praticamente inexistente. A apresentação, sem
dúvida, está acima das que normalmente vemos na TV. Mas, infelizmente, o
advento do Blu-ray trouxe um ganho de qualidade tão grande ao vídeo
digital que para mim, agora, é difícil de avaliar qualquer filme ou
série em DVD sem que as limitações do velho formato fiquem evidentes.
Difícil não notar, por exemplo, o surgimento de artefatos na imagem em
cenas de movimento de personagens, objetos ou da própria câmera.
Assim como no vídeo, HEROES traz uma mixagem de áudio acima da média
para um programa de TV. A faixa original em inglês (Dolby Digital 5.1)
faz uma boa distribuição do som em todos os canais, criando uma ótima
ambientação. Os diálogos, no canal central, nunca são prejudicados pela
música ou efeitos sonoros. A dublagem em português possui apenas 2.0
canais, portanto, como seria de se esperar, deixa a desejar em termos de
fidelidade, potência e espacialidade. Os menus animados (que seguem o
padrão do box anterior) e as legendas também estão disponíveis em
português e inglês.
EXTRAS
A exemplo do box anterior, esta segunda temporada disponibilizada
aqui em DVD pela Universal traz um acervo razoável de extras, mas que
não são todos os do lançamento da Região 1. Perdemos os comentários em
áudio em todos os episódios e alguns featurettes, mas felizmente
no disco 4 foram preservados os principais documentários, todos com
legendas em português e vídeo widescreen.
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Heroes Ano 2: Um Novo Começo
(14:35) – Featurette promocional que introduz o arco da
temporada e novos personagens, como Maya, Alejandro e Monica. Apesar
de no conjunto ser bem padrão, traz algum material interessante;
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Os Arquivos de Richard Drucker
(8:28) - Baseado em material disponível apenas na internet, este
curta (uma espécie de web-jornal) é focado em Richard Drucker, um
personagem significativo no universo de HEROES mas que, para quem só
acompanha a série, é totalmente desconhecido. Até por isso, é uma
boa adição aos extras dos DVDs;
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Takezo Kenzei - O Herói e a Espada
(19:09) – Também reunindo material originalmente disponibilizado na
internet, este documentário em cinco partes trata da lenda do
samurai que é um dos personagens essenciais da temporada. Ele conta
com a participação de algumas historiadoras fictícias e do curador
(idem) japonês Tatsuya Atsumi, que aparece nos episódios “Lutar ou Fugir” e
“Destinos Incertos” para ajudar Ando a restaurar os pergaminhos de
Hiro;
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Origens de uma Cena
(23:13) – Featurette em quatro partes, cada uma dedicada a um
episódio específico, onde seus diretores falam sobre a realização de
algumas cenas importantes da temporada. Sem dúvida, um extra que nos
faz respeitar o esmero de produção da série, mantido mesmo com um
orçamento limitado (se comparado com a média dos filmes de Hollywood
do gênero);
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Heroes - Ano 3 - Olhando o Futuro
(8:35) – Sem entregar muito da terceira temporada (que começa a ser
exibida dia 14 de novembro no canal pago Universal), este extra
mostra depoimentos dos membros do elenco, que dividem conosco seus
pensamentos sobre o que vem por aí, em especial no primeiro
episódio;
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Cenas Deletadas
(23:00) – Temos aqui cenas deletadas de sete episódios, que variam
de importância ou interesse. Algumas mereceriam ter permanecido na
edição final, já outras de fato não somam muito, servindo aqui como
mera curiosidade para os fãs. O melhor está no episódio final, onde
os criadores da série discutem o final alternativo e os rumos que a
temporada seguiria a partir do episódio 11, caso não tivesse sido
encerrada prematuramente pela greve dos roteiristas;
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Segredos dos Episódios Inéditos
(12:13) – Mais cenas deletadas, mas a diferença é que estas quatro
são dos episódios 12 e 13, que acabaram não sendo completados por causa da greve.
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