No dia 2 de julho, uma
gigantesca nave alienígena é detectada aproximando-se da Terra. No dia
seguinte, ela lança naves com 20km de extensão que destroem as
principais cidades dos Estados Unidos e do mundo. O Presidente dos
Estados Unidos (Bill Pullman), em pleno dia da independência americana,
lidera a reação contra os invasores, na qual se destacam um técnico em
computação (Jeff Goldblum) e um piloto de caça (Will Smith). Bem, se
você conseguir superar o ufanismo, o americanismo, o simplismo do final
e outros “ismos”, irá apreciar Independence Day, o grande campeão
de bilheteria de 1996 que consagrou Will Smith. ID4 foi mais um
fruto da parceria Roland Emmerich (diretor/roteirista) e Dean Devlin
(roteirista/produtor), que já haviam produzido os sucessos Soldado
Universal e Stargate, e posteriormente levariam à tela a
versão hollywoodiana de Godzilla. Graças aos recursos liberados
pela Fox para a realização de Independence Day, eles puderam
levar à tela não um, mas vários filmes em um só.
Genericamente, pode-se dizer que a espinha dorsal de ID4 é o
clássico A
Guerra dos Mundos, com seqüências estilo Guerra nas Estrelas.
Mas a coisa não pára por aí, já que temos elementos dos filmes
catástrofe dos anos 70, antigos filmes de guerra, Top Gun e
vários sucessos - antigos e recentes - da ficção científica, como
O Dia em que a
Terra Parou e até mesmo
Arquivo X.
A dupla Emmerich/Devlin soube combinar todos os elementos preexistentes
e fazer uma verdadeira homenagem ao cinema de aventura e à ficção
científica. Os dois escreveram o roteiro, no qual não havia apenas um
herói, mas como nos filmes catástrofe que o inspiraram, vários
personagens cujas histórias paralelas encontravam-se na conclusão. Na
tela, e agora em DVD, Independence Day parece ter custado
no mínimo o dobro dos 60 milhões de dólares que foram gastos. Em dois
aspectos a produção foi econômica, sem que com isso houvesse qualquer
perda de qualidade: no elenco, não foram contratados astros de primeira
grandeza, mas atores competentes como Bill Pullman (Spaceballs),
Jeff Goldblum (A Mosca,
Jurassic Park)
e Brent Spiner (Jornada nas Estrelas, A Nova Geração); nos
efeitos especiais, foram deixados de lado os caríssimos computadores da
todo-poderosa Industrial Light and Magic de George Lucas.
Especialmente para o filme, foi criada uma central de Computação Gráfica
encarregada de combinar as cenas reais com as tomadas de efeitos
especiais (mais de 500), bem como para gerar as espetaculares seqüências
de combate aéreo. Também foram usados modelos de naves e jatos em
algumas tomadas, e para as famosas cenas de destruição das cidades foram
construídas detalhadas maquetes em escala.
É o caso da detalhada réplica da Casa Branca, com 1,5 metro de altura e
3,5 metro de largura, que custou 40 mil dólares e foi explodida na cena
mais conhecida do filme. O toque final é dado pela trilha sonora de
David Arnold,
que nos oferece momentos de melodia, tensão e impacto. Independence
Day pode não ser um clássico da FC, mas recebeu da Fox uma ótima
edição em DVD. A
edição Região 4 é idêntica à americana: o primeiro disco contém a versão
original do filme com 142 minutos, e uma edição especial, com 153
minutos; o formato da tela é widescreen
2.35:1 anamórfico, com copiagem digital de excelente qualidade. No
áudio, podemos selecionar comentários de Roland Emmerich e Dean Devlin,
além dos técnicos em efeitos especiais Volker Engel e Doug Smith. Os
idioma é Inglês (Dolby Digital 5.1), com legendas em português, inglês e
espanhol.
No segundo disco, entre os vários extras destacam-se um documentário
sobre os efeitos especiais (Criando Realidade), o especial
Invasão ID4, spots de TV, final original e
trailers de cinema.
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