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ALIEN VS. PREDADOR (Alien
Vs. Predator, República Tcheca, Canadá, Alemanha, EUA, 2004)
Gênero: Ficção Científica
Duração: 101 min.
Elenco: Sanaa Lathan, Raoul Bova, Lance Henriksen, Ewen
Bremner, Colin Salmon, Tommy Flanagan, Joseph Rye, Agathe De La Boulaye.
Compositor:
Harald Kloser
Roteiristas: Paul W. S.
Anderson
Diretor: Paul W. S. Anderson
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Humanos fracotes
Filme do diretor Paul W. S. Anderson tem
o suficiente para agradar fãs das séries ALIEN e PREDADOR (não todos), mas seria
realmente bom se tivesse outro roteiro e um elenco decente
O diretor Paul W.
S. Anderson (MORTAL KOMBAT, ENIGMA DO HORIZONTE,
RESIDENT EVIL) até que
se esforça, mas continua sendo um diretor medíocre. Ele notoriamente não
consegue explorar todo o potencial das idéias que tem à sua disposição, e o que
poderia ser um grande filme acaba tornando-se, na melhor das hipóteses, uma
diversão passageira.
Este ALIEN VS. PREDADOR é o seu filme mais caro e ambicioso até agora, e marca o
encontro, há anos esperado pelos fãs, dos dois famosos monstros espaciais - o
gosmento Alien e a raça dos caçadores alienígenas conhecidos como Predadores. O
filme, por óbvio, usa como referência as duas cinesséries, mas principalmente
transpõe para as telas um confronto que já ocorreu várias vezes em HQs e
games - o que justificaria a contratação de Anderson, que possui experiência
na área, para as funções de diretor e roteirista.
Na história bolada por Anderson, o milionário Charles Bishop Weyland (Lance
Henriksen, o andróide Bishop de ALIENS, O RESGATE) descobre uma pirâmide milenar
sob o gelo antártico, e envia para explorá-la uma equipe de exploradores
liderada por Alexa Woods (Sanaa Lathan). Lá eles descobrem que a pirâmide foi
construída pelos Predadores, que há séculos praticam seu esporte aqui na Terra.
Para complicar a situação, os pobres humanos logo viram presas dos Aliens -
mantidos no local pelos Predadores para que sejam seus oponentes em uma espécie
de ritual de passagem.
Anderson demonstra certa competência ao combinar elementos das duas séries, que
serão facilmente reconhecidos por seus fãs. E algumas cenas garantem sustos e
suspense nos corredores escuros da pirâmide. Mas o filme tem deficiências de
roteiro que também serão notadas - afinal porque os Predadores, que só caçam em
clima quente, continuam usando aquela gelada pirâmide na Antártica? Como os
Aliens se desenvolveram tão rápido nos hospedeiros? Poderiam ser dadas algumas
explicações, mesmo furadas, mas ficou tudo no ar. E pior, o elenco de segunda
não ajuda nada. Lance Henriksen e Colin Salmon não comprometem, mas o resto
merece mesmo servir de presa de Aliens e Predadores. Sanaa Lathan, que seria a
"mulher forte" do filme, é uma presença muito fraca.
No frigir dos ovos (de Aliens), ALIEN VS. PREDADOR agradará parte da platéia,
graças aos confrontos entre os bicharocos, materializados por efeitos especiais
muito bons (a batalha com a Rainha, ao final, vale o ingresso). Mas acima de
tudo é uma amostra do memorável filme que poderia ter sido, caso tivesse um bom
elenco e um diretor que soubesse explorar melhor o material que tinha nas mãos.
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