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Josh Hartnett em The Black Dahlia, de Brian De
Palma |
18 de setembro de 2006
Palmas para DÁLIA
NEGRA
(A cada movimento uma nova possibilidade)
Como disse tio Ben a Peter Parker, “um grande poder traz grandes
responsabilidades”. O mesmo ocorre com um grande diretor. Brian De Pelma
é sem sombra de dúvidas um GRANDE diretor, sendo assim, é extremamente
cobrado. E Dália Negra é um excelente filme que, apesar de um
elenco de primeira, tem seu maior trunfo na direção.
Uma história fictícia sobre obsessão, amor, corrupção, ganância e
depravação, tem como pano de fundo a história verídica do brutal
assassinato de uma jovem que ambicionava ser uma estrela de Hollywood.
Em 1947, este crime chocou e fascinou a nação americana e permanece sem
solução até hoje. Dois policiais ex-pugilistas, Lee Blenchard (Aaron
Eckhart) e Bucky Bleichert (Josh Hartnett) são designados para
investigarem o homicídio desta jovem que, por sempre usar preto, ficou
conhecida como Dália Negra.
O assassinato investigado foi tão brutal que as imagens do crime nunca
foram mostradas ao público e, talvez por isso, causou em Blanchard uma obsessão incomum para a solução do caso. Tecnicamente
falando o filme é bem feito – o clima escuro mantém não só o suspense,
mas também o lado Negro da história. A trilha de Mark Isham é “boa” e
nada mais que isso, mas não compromete o produto final. Dália Negra
é um filme pesado que por alguns momentos torna-se cansativo, mas é
aí que De Palma prova sua maestria em dirigir, já que ser um grande
diretor traz a responsabilidade de dirigir uma grande obra.
O filme tem sua estréia no Brasil prevista para o dia 6 de outubro, uma
data interessante para um filme que no fundo envolve a politicagem da
vida. O grupo Imagem Filmes tem em Dália Negra o que pode ser um
trunfo ou uma incógnita. Pois qualquer estréia no ramo suspense policial
ficará pequena este ano, após o que foi para mim o melhor filme
apresentado até agora,
Xeque-Mate.
Lucas Vandanezi
lvandanezi@scoretrack.net
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