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RESIDENT
EVIL 3: A EXTINÇÃO (
Resident Evil: Extinction, EUA, 2007
)
Gênero:
Terror, Ficção
Científica
Duração:
95 min.
Elenco
: Milla Jovovich, Oded Fehr, Ali Larter, Iain Glen, Ashanti, Mike Epps,
Spencer Locke, Ashanti, Matthew Marsden, Linden Ashby
Compositores:
Tyler Bates, Charlie Clouser
Roteirista:
Paul W. S. Anderson
Diretor:
Russell Mulcahy |
Apatia e zumbis
Terceiro
filme da série baseada no game da CAPCOM agrada só por manter a tradição
de colocar lindas mulheres detonando mortos-vivos
Apesar de as
continuações seguirem em trajetória descendente em relação ao original de 2002,
há um charme nessa série que me atrai. E nem é preciso me conhecer para saber
que esse atrativo se deve às bravas e lindas mulheres da série, em especial
Milla Jovovich. Em RESIDENT EVIL 3: A EXTINÇÃO (2007), ela está cada vez mais à
vontade no seu papel. Se não temos mais a graça de Jill Valentine (Sienna
Guillory) de RESIDENT EVIL 2: APOCALIPSE
(2004), desta vez temos a presença de Claire Redfield, interpretada pela bela Ali Larter, de HEROES. Para mim, não foi
uma troca muito justa, mas tudo bem. Outra gracinha que aparece no filme é a
ainda adolescente Spencer Locke, que a julgar por sua beleza e carisma já deve
estar sendo assediada pelos olheiros e executivos de Hollywood.
O novo título da franquia - dizem que é uma trilogia, mas eu não duvido nada se
ele fizerem um novo filme - tem os seus momentos. O melhor deles: a homenagem a
OS PÁSSAROS, de Alfred Hitchcock. A cena dos corvos contaminados com a carne dos
mortos infectados atacando um acampamento é de tirar o fôlego. Pena que esse é
um dos poucos momentos realmente bons do filme, que na maior parte de sua
metragem fica a ponto de naufragar de vez. Mas aí surge a inacreditável Alice (Milla
Jovovich) lutando feito um demônio com braços, pés, lâminas e armas de fogo, e a
gente logo fica entretido novamente. Agora, esse papo de saber detalhes sobre a
Umbrella Corporation e seus projetos é coisa de nerd, dos apreciadores do
game, ou de quem tem tempo para rever os filmes.
E por falar no game, é impressão minha ou esse novo filme tentou captar
um pouco do espírito de TERROR EM SILENT HILL, o maravilhoso filme de Christophe Ganz? Em alguns momentos eu senti isso, mas vai ver foi só a minha mente
querendo mudar de cenário para se livrar das partes chatas do filme dirigido por
Russell Mulcahy. Está aí um nome que estava meio esquecido. Mulcahy, depois de
HIGHLANDER - O GUERREIRO IMORTAL (1986) nunca mais se reergueu, ou fez algo
minimamente relevante (para falar a verdade, eu sempre achei a série Highlander
uma grande bobagem). Ele não passa de um pau mandado do verdadeiro dono do
projeto: Paul W.S. Anderson, o sortudo marido de Milla, que agora está grávida e
- dizem - bem gordinha.
Anderson é também autor do roteiro, que toma emprestadas idéias dos filmes de
George A. Romero e da série MAD MAX. Ele não é nenhum Shakespeare, mas para um
filme fadado a repetir e enrolar o que já havia sido explorado nos longas
anteriores, até que ele não se saiu tão mal. É inútil ficar reclamando de
diálogos nesse tipo de filme, o que mais importa é a ação, já que desde o
segundo o elemento horror já havia sido meio que apagado mesmo. Porém, há um
momento perto do final em que o vilão se transforma num monstro mutante digno de
gibi de terror ou de super-herói. A transformação do monstrengo, no entanto, não
me impressionou. Na verdade, tirando umas boas cenas aqui, outras acolá, o que o
filme traz mesmo é apatia.
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