Superman:
The Music (The Blue
Box) |
||||||||||||
Hugo Moya Arancibia
Há alguns anos me propus a comentar a música das seqüências da saga Superman protagonizada por Christopher Reeve (“A Música de Superman II - III – IV”). O principal obstáculo de tal empreendimento era que as trilhas sonoras existentes eram muito curtas e de má qualidade. Somente existiam versões em vinil de Superman II e III com uma quantidade muito limitada de música, e de Superman IV nunca havia sido editada uma trilha sonora. Frente a esta situação optei por comentar a música com base em seu registro nos próprios filmes. Para isso selecionei aquelas pistas que duravam mais de 30 segundos e fui analisando-as na mesma ordem da película. Esta modalidade de análise tinha como limitação o fato de basear-se no que se ouvia no filme. Os diálogos e os sons ambientais não permitiam ter uma audição clara dos detalhes e a qualidade da interpretação. Mesmo assim me parece que foi um esforço válido, já que estas trilhas sonoras nunca haviam sido comentadas em sua totalidade. Prova disso é que este trabalho foi publicado em português neste site e também traduzido para o inglês no afamado site britânico “Superman Cinema”. A ambos os sites estou muito agradecido. Em anos recentes a comunidade de fãs da saga Superman (produzida pelos Salkind entre 1978 e 1983, e pelo Cannon Group em 1987 ), foi agraciada com dois importantes produtos a ela relativos. O primeiro no ano de 2006, com o lançamento da coleção definitiva em DVD dos quatro filmes oficiais da série, além da versão de Richard Donner de Superman II , todas acompanhadas de seus respectivos documentários de produção, entrevistas, trailers, cenas excluídas, etc. O segundo chegou em 2008 com a esperada edição, pela Film Score Monthly, das trilhas sonoras completas dos quatro filmes, mais a música de “Superman - A Série Animada”, de 1988 (Ron Jones). O pack denominado “Superman: The Music”, também conhecido como “The Blue Box”, está composto por oito CDs, mais um livro de 160 páginas onde é relatada a história de cada uma das trilhas sonoras, biografias dos compositores e uma detalhada análise pista por pista de cada uma delas. Este edição, inexistente até agora, havia se convertido em um cobiçado desejo dos fãs da música de Superman e, apesar de seu alto custo de US$ 120, creio que se trata de um mini-tesouro para todos eles (entre os quais me incluo). A qualidade de áudio é surpreendente e mesmo quando ouvimos melodias já conhecidas, é como se as escutássemos pela primeira vez, descobrindo novos sons e instrumentos que eram imperceptíveis nas películas. Nas próximas linhas compartilharei com vocês algumas apreciações pessoais sobre este enorme trabalho.
Superman The Movie Superman The Movie é, provavelmente, um dos melhores scores já compostos por John Williams. Seus temas característicos se converteram em um legado inesquecível, que marcou a pauta para o resto da série. O majestoso Tema de Superman, o comovedor Tema de Amor (ou Can You Read My Mind, se preferirem), a graciosa Marcha dos Vilões, mais vários motivos musicais entre os quais se destacam: O Tema da Kriptonita, Smallville e A Fortaleza da Solidão, tornam este trabalho um dos mais memoráveis da música do cinema. No entanto, para efeitos desta produção, é provável que a música de Superman The Movie seja a que traga menos novidades, já que anteriormente havia sido lançada na íntegra pela Rhino Records. E ainda que os produtores do álbum (Michael Matessino e Lukas Kendall) destaquem que a qualidade desta gravação é muito melhor, devido à fonte utilizada, pessoalmente não percebi isto tão claramente, sem desmerecer a qualidade do som da mesma. O grande valor desta nova edição é a inclusão de dois temas inéditos, nunca utilizados em nenhuma versão do filme, além de algumas faixas alternativas para temas que já existiam na trilha sonora. Os temas inéditos disponibilizados são: The Dome Opens (Disco 2, faixa 13) e The Mugger (Disco 2, faixa 14). O primeiro corresponde a um arranjo alternativo que Williams compôs para a cena em que o grande domo de Kripton se abre antes que os três vilões sejam capturados pela Zona Fantasma, e o segundo também é uma versão alternativa para a seqüência do ladrão que assalta Clark e Lois em Metrópolis. Ambos os temas são interessantes e muito bem interpretados, mas a surpresa é que eles foram utilizados posteriormente por Ken Thorne em Superman II, para acompanhar três seqüências-chave do filme. The Dome Opens, quando os vilões de Kripton destróem a nave espacial na Lua e quando começa a batalha sobre Metrópolis, e The Mugger para alguns trechos na seqüência da Torre Eiffel. Além disso descobrimos em The Dome Opens um breve trecho musical utilizado por Richard Donner em sua versão de Superman II, na libertação dos vilões de Kripton. Entre os arranjos alternativos para segmentos do filme, temos:
Versão similar à do filme e que apresenta apenas alguma variação na parte final, onde se acrescenta um par de frases para adequá-la à seqüência de créditos iniciais. Esta versão é a que se ouve nos créditos finais do filme. Há que se apontar que nem neste álbum ou em nenhum outro se disponibilizou a versão efetivamente utilizada nos créditos iniciais do filme, cujo início da marcha é diferente da tradicional, além de uma edição diferente na parte final do tema, também para ajustar-se à seqüência de títulos principais.
Versão alternativa que Williams compôs para os créditos iniciais e que nunca foi utilizada. Esta versão já havia sido incluída na edição da Rhino Records, e que provavelmente a que inspirou Alexander Courage para a seqüência de créditos iniciais de Superman IV.
Versão resumida do tema original.
Versão que inclui a voz de Margot Kidder, recitando o texto de “Can You Read My Mind”.
Versão quase idêntica à original.
Versão similar à original, com algumas variações na parte final do tema.
Versão originalmente incluída nas primeiras versões desta trilha sonora e que supostamente iria ser a seqüência de créditos finais do filme.
Corresponde à música havaiana escutada no esconderijo de Luthor.
A disposição exata das faixas nos discos correspondentes é a seguinte:
SUPERMAN II Os constantes conflitos entre os produtores de Superman The Movie e seu diretor resultaram na demissão de Richard Donner pouco tempo antes da estréia do filme. Superman The Movie e Superman II foram filmados de forma simultânea por Donner (Superman II já se encontrava 70% concluído no momento da estréia de Superman The Movie), portanto, no momento da saída de Donner, somente era necessário um diretor para terminar a segunda película. O escolhido foi Richard Lester, que havia trabalhado anteriormente com os Salkind (Os Três Mosqueteîros e Os Quatro Mosqueteiros), e ainda havia sido intermediário entre os produtores e Donner quando desatou a crise entre eles durante a filmagem simultânea dos dois Superman. Lester introduziu algumas modificações no roteiro, cenas já existentes foram reescritas e refilmadas, e foi dado um filme um tom mais humorístico. Com essas mudanças se pôde atribuir a Lester o crédito de diretor da película. Por muitos anos se falou que John Williams não havia composto a partitura deste filme, por ter se solidarizado com Richard Donner após sua demissão. Outra versão indicava que, dado o atraso na retomada das filmagens de Superman II, Williams já estava trabalhando em O Império Contra-Ataca e estava impossibilitado de se integrar ao projeto. Mas há algum tempo Ilya Salkind (um dos produtores) revelou a versão definitiva desta situação, relatando que John Williams havia sido convidado e aceito compor a música do segundo filme. Inclusive Williams viajou a Londres para reunir-se com o diretor Richard Lester. Uma vez terminada a reunião, Williams se aproximou de Salkind e lhe disse…”Ilya… eu não posso trabalhar com este tipo”. O que aconteceu na tal reunião nunca se soube, inclusive Salkind reconhece que cometeu um erro ao não participar do encontro. Para resolver esta situação foi convocado um habitual colaborador de Lester, o compositor britânico Ken Thorne, para se encarregar da música. A missão de Thorne foi reutilizar a música de Williams no contexto da nova película, e para isso poderia incorporar novos arranjos, utilizar os originais, repetir temas, etc. A limitação é que Thorne apenas contaria com uma orquestra de estúdio menor, de 50 membros (Williams havia trabalhado com a London Simphony Orchestra, de 90 membros). A trilha sonora do filme foi lançada em vinil, contava com 15 faixas e tinha uma duração aproximada de 37 minutos. Houve apenas uma edição japonesa em CD que incluía a música de Superman II e III. Por anos a comunidade de fãs se sentiu decepcionada com o trabalho de Thorne, apontando que se tratava de uma cópia ruim, criticando a interpretação, indicando que tinha uma qualidade de som muito pobre, rasa e carente de glamour. Inclusive se chegou a dizer que soava como uma “Trilha de Colégio”. Em meu trabalho anterior destaquei que de modo geral me pareceu uma boa adaptação da música de Williams, onde Thorne soube eleger apropriadamente os temas para cada seqüência. Também assinalei que havia achado acertadas suas composições para os vilões e as ligações utilizadas para juntar seqüências previamente compostas por Williams. Expresei que algumas composições eram quase imperceptíveis e que não se ajustavam ao estilo Williams, com um som muito delgado e que em certas ocasiões era notório que se tratava de uma orquestra reduzida. Hoje, ao escutar a edição completa da trilha sonora de Superman II, remasterizada digitalmente com todos os avanços tecnológicos disponíveis, posso afirmar que realmente foi um prazer ouvir tema, detectar cada detalhe, descobrir a aparição de instrumentos que eram imperceptíveis no filme, apreciar a qualidade da interpretação da orquestra como também dos arranjos de Thorne. A lista de faixas está na mesma ordem em que aparecem na película. Vários deles estão na forma de suítes, já que acompanharam duas ou mais cenas, ou se referem a uma mesma cena. A disposição dos temas deste filme é o seguinte:
Não analisarei cada uma delas, o que já fiz no trabalho anterior, contudo quero destacar algumas faixas pela qualidade de sua interpretação e arranjos:
School Games Ambas pela acertada utilização que Thorne faz de um breve segmento de Turning Back The World de Superman The Movie, que se converteria em um de seus temas preferidos para musicar seqüências de emergência.
Thorne interpreta brilhantemente segmentos do tema Planet Krypton, mais a incorporação da desconhecida The Dome Opens para a destrução da nave espacial lunar.
Um dos temas que mais se ansiava escutar em todo seu esplendor, por seu sentido heróico.
Este tema, baseado na pista ToThe Lair de Superman The Movie, é um dos poucos em que esta interpretação supera a original. O sonido das cordas é simplemente magistral.
Um dos melhores temas compostos para a saga. Os arranjos e interpretação de Thorne refletem exatamente o sentido romântico da cena.
Um dos meus favoritos. Thorne incorpora seus temas para os vilões, dando o sentido exato de tragédia à cena. A combinação de metais e madeiras é explosiva.
Outro tema potente, ainda que breve. A incorporação da percussão como elemento relevante, sustentado pelas cuerdas em crescendo, gera a tensão própia do momento que conclui com o Tema da Kriptonita interpretado acertadamente por madeiras.
Outra das combinações perfeitas, para uma seqüência dramática. Um dos melhores do score.
Superman Saves Petrol Tanker - Superman Fights Zod - Superman Flies Off Ambas as suítes acompanham a batalha sobre Metrópolis, e ainda todas as pistas sejam baseadas na música da primeira aventura, a adaptação e interpretação que Thorne dá à música nos brinda com os momentos de maior emotividade de todo o filme. O som é quase igual ao das versões originais. Atenção no tema Superman Flies Off, que é uma jóia.
Impossível deixar este tema de fora. Mesmo que musicalmente não traga maior novidade, aporta a emotividade do triunfo do bem sobre o mal e o sentido épico do heroísmo. Finalmente, como conclusão, quero assinalar que ao ouvir a trilha sonora completa de Superman II em sua versão original, fiquei com a sensação de que por muito tempo fomos um tanto injustos com Ken Thorne, e que com esta edição ficam derrubados vários mitos. Da audição se pode concluir o seguinte:
Superman III Se Ken Thorne à época decepcionou aos fãs com sua adaptação musical para Superman II, definitivamente ganhou a antipatia deles por sua partitura para Superman III, que foi composta e regida por Thorne. A maioria das pistas utilizadas são de sua autoria, e apenas quando foi necessário ele recorreu ao Tema de Superman e às pistas compostas por John Williams para o filme original. A trilha sonora desta película foi lançada em vinil e contava com 10 faixas, cinco das quais correspondiam à música incidental do filme, com uma duração aproximada de 35 minutos. Hopuve apenas uma edição japonesa em CD, que incluía a música de Superman II e III. No trabalho anterior, em que comentei a música de Superman III (“A Música de Superman II - III”) baseado no que ouvi no filme, não fui muito amável com Mr. Thorne, já que concluí que não havia sido uma boa trilha sonora, pelos temas que compôs e porque quase não colocou emoção em sua música. Essa opinião não mudou de um modo geral, mas o passar do tempo me permitiu descobrir novos antecedentes que, de alguma maneira, me fizeram flexibilizar minha posição. Considero que a música que Thorne compôs para Superman III não foi apropriada para um filme de super-heróis, apesar de que não poderíamos esperar mais pelo contexto em que se desenvolveu a película. Não deve ser muito fácil musicar um filme que é um hibrido entre aventura de super-herói e comédia. Nunca fica claro para onde vai o filme. Por momentos temos cenas heróicas, e um segundo depois passamos para cenas cômicas protagonizadas pelo antagonista. Então, como se pode dar desenvolvimento dramático a uma partitura quando transitamos por esta montanha russa em que passamos do heroísmo ao riso e vive-versa, durante toda o filme? Tampouco poderia ter havido uma nova adaptação da música de Williams, já que a essência desta comédia não tinha nenhuma relação com o sentido épico da primeira película e parte da segunda. Além disso, desta vez, dois personagens-chave sob o ponto de vista da motivação musical estavam ausentes: Lois Lane e Lex Luthor. Eis, então, o que tivemos musicalmente:
Em resumo, um filme muito difícil de desenvolver dramaticamente, onde nada funcionou. E nesse contexto a música tampouco poderia ajudar muito. Na conclusão de minha análise anterior apontei entre outras coisas que a música do filme foi apenas um aspecto secundário da produção. Que a música de Thorne se caracterizou por sua falta de criatividade, escassez de recursos musicais e carência de motivação para dar um sentido épico à música. Que dar maior libertade a Thorne para criar música própria não foi uma decisão acertada. Que foi a pior trilha sonora da série. E que teria sido muito melhor se, em vez de incluir canções ou temas que nunca apareceram no filme, fossem incorporados temas instrumentais que efetivamente se ouvissem no filme. “The Blue Box” remedia essa situação e, pela primeira vez, temos lançado o score completo de Superman III. Minha percepção não mudou muito em relação à música composta por Thorne, apesar de que ouvi-la com a qualidade digital deste lançamento é um grande atrativo. O grande valor desta versão é exatamente este, permitir que ouçamos pela primeira vez em sua totalidade cada uma das pistas da película. E assim como em Superman II, podemos descobrir uma série de instrumentações e sons que se perdem no filme. Poderíamos dizer que esta edição melhora de algum modo a percepção que existia. Os temas são os mesmos, mas soam melhor e podem ser apreciados mais claramente. Então, agora com um pouco mais de tempo de reflexão e tendo ouvido a trilha sonora diretamente da fonte, já não poderia afirmar que houve “falta de criatividade”, uma vez que de fato ela existiu. Thorne nos mostrou qual era seu estilo próprio musical, radicalmente distinto do de Williams. Se funcionou ou não no filme depende do gosto pessoal de cada um. A mim, particularmente, não agradou muito. A respeito da “escassez de recursos musicais”, o que se pode apreciar é que se tratava de uma orquestra menor. Mesmo assim Thorne incorpora em suas composições alguns arranjos inovadores onde enfatiza de forma notória o uso dos instrumentos de sopro (fagote, clarinete, flautas e oboé). Em compensação não foi muito adepto dos metais (exceto para os temas de Williams, onde seu uso é quase obrigatório). Outro aspecto que se destaca nos arranjos de Thorne é o uso de toda a gama das cordas, chamando a atenção o uso excessivo das cordas graves (violas, cello, e contrabaixo). Ken Thorne afirmou em uma entrevista que a orquestra utilizada era de um tamanho similar à de Superman II. A verdade é que isto não se percebe tão claramente. Sentimos como se fosse uma orquestra menor que a anterior, e isso se pode notar quando são interpretados os temas de Williams, onde claramente se percebe a falta de majestade na música. A respeito da “carência de motivação para dar um sentido épico à música”, continuo achando que esta partitura não aporta emotividade ao filme, de fato creio que são muito poucas as cenas em que a música contribui para aumentar ou melhorar o sentido dramático, ainda assim não me fica claro se era necessário dar um sentido épico à música, afinal este filme não tem nada de épico. Ao final, continuo acreditando que esta é a trilha sonora mais fraca da saga. Todos estes novos comentários foram possíveis graças à qualidade e fidelidade da gravação. A relação das faixas deste filme é a seguinte:
Os temas estão ordenados de acordo com sua aparição na película. Da mesma forma que no comentário da trilha sonora de Superman II, não analisarei cada uma das faixas já que o fiz no trabalho anterior (“A música de Superman II - III – IV”), mas quero me referir a algumas em especial:
Gus Finds A Way Estas faixas bem curtas e simples correspondem ao que poderíamos denominar de tema característico do antagonista do filme, Gus Gorman. Sua presença é permanente durante todo a história, acompanhando o personagem. O tema não tem nada de sinfônico ou épico, refletindo o caráter caricaturesco do personagem. Chama a atenção que para o vilão Ross Webster não tenha sido composto nenhum tema característico.
The Two Faces Of Superman The Struggle Within The Final Victory Estas são as faixas que utilizam segmentos de temas compostos por John Williams para Superman The Movie. Apesar da interpretação destes ser bem mais modesta que a original, funcionam relativamente bem já que são seqüências dramáticas que necessitam de um bom suporte musical. O curioso é que a combinação de temas utilizados às vezes não tem nenhuma relação argumental entre si. Podemos afirmar que nestes temas aparecem segmentos de: Tema de Superman, Superfeats, Helicopter Sequence, Turning Back The World, Fortress Of Solitude, Planet Krypton, .Chasing Rockets, etc.
Lana And Clark In Cornfield Lana And Clark On Telephone Clark Gives Lana Diamond Ring Estes temas correspondem a diferentes versões do que poderia ser o tema de amor desta película. A ausência de Lois Lane, e a presença de Lana Lang tornou necessária a criação de um novo tema de amor. Não se trata de tema ruim, mas a lembrança Can You Read My Mind o empalidece.
Conceitual e argumentalmente este é um tema muito parecido com Superman Saves The Boy de Superman II, que consegue emocionar além de estar muito bem interpretado. Mas neste caso acontece o contrário. O tema comença com o mismo preâmbulo do tema mencionado, mas sua conclusão é francamente lamentável, interpretando a fanfarra do Tema de Superman de uma forma que não provoca nenhuma emoção.
Montage Boxes In Canyon Preparing Balloons Destaquei estas faixas porque considero que são as quatro melhores que Thorne compôs para este filme. Independentemente de serem aptos ou não para uma aventura de Superman. Creio que são os que melhor refletem o estilo musical de Thorne, tanto sob o ponto de vista da composição como de arranjos. Neles podemos também apreciar sua predileção pelos instrumentos de sopros, cordas e seus arranjos respectivos.
Superman Confronts Ross - Computer Takes Over – Gus Fights Ross. The Computer Comes Alive – Superman Leaves Computer Cave] Metal Vera - Computer Blows Up Estas quatro suítes acompanham o enfrentamento final de Superman contra os vilões e o supercomputador. Nos dois filmes anteriores, o sentido épico e sinfônico que a música dava aos confrontos se traduzia em uma emotividad à toda prova (Chasing The Rockets, Superfeats, Aerial Battle, etc). Mas não é o caso de Superman III, a combinação dos temas próprios de Thorne com o Tema de Superman nunca consegue repetir o efeito das películas anteriores, e essa carência contribuiu para diminuir a emoção de toda a seqüência. Visualmente as cenas foram muito bem feitas, a interpretação é acertada, mas a falta de uma música apropriada lhes tira todo o senso de espetáculo.
Este tema é uma singular versão do Tema de Superman, que se construiu combinando e repitindo distintos segmentos do tema, excetuando o trecho do Tema de Amor (Can You Read My Mind), que neste filme não foi utilizado. Este tema é onde mais se nota que a orquesta não tinha o tamanho nem a magnitude das orquestras anteriores. A versão do disco não é exatamente a mesma da película, já que nela a última parte está editada de modo diferente, omitindo-se um pequeno segmento de 20 segundos (um ostinato e duas fanfarras) que se ouve no CD. O disco 8 incorpora um par de temas alternativos que não foram usados na versão final do filme: Main Title (The Streets Of Metropolis) (Alternate) que tem exatamente a mesma duração do tema original, apenas variando na parte final depois do segmento do Tema de Superman, e Pay Day For Gus (alternate), que na minha opinião é idêntica à versão da faixa 2, do disco 4. Adicionalmente, foram incluídos três temas incidentais que aparecem no filme: Colombian Storm Part 1, Olympic Parade y Après Ski, os que na minha opinião deveriam ter integrado a lista original da trilha sonora (Disco 4). Também se incluíram as canções compostas por Giorgio Moroder e Keith Forsey: Rock On , No See, No Cry y They Won’t Get Me, que se ouvem muito breve e tenuemente no filme, mais os temas não utilizados Love Theme y Main Title March (com arranjos de Moroder). |